O pior dos meus problemas é o espaço-tempo
A distância dentre os teus olhos de um céu que não acaba
E o tempo que eu fiquei perdido lá
Não tem mais sincronia
Nem gravidade
Fica tudo suspenso
O corpo se esquece de fazer direito
O coração bate pra cima e pra baixo dentro do peito
Invés de ir pra frente e pra trás
Não adianta queimar as palavras
Nem socar paredes
A tua toxina escorre nas minhas narinas
Entra debaixo das unhas
Se espalha nos dentes
O sorriso ácido
Derrete tudo em volta
E o ar vai embora
Quero gritar com toda força que resta
Mas o som não se propaga no vácuo